A história da humanidade é marcada por muitos momentos de mudança, adaptações e evolução na forma de pensar e agir, logo na construção civil e áreas afins não seria diferente. A concepção e construção de prédios já foi pensada com os princípios da sua época e hoje a consciência dos seus impactos no meio ambiente e na qualidade de vida tem maior peso, dando espaço aos chamados edifícios verdes (green building).
As especificidades de um edifício verde.
O conceito green building prioriza uma gestão inteligente de recursos tanto em sua obra como no cotidiano do prédio. Por isso recorre a diferenciais técnicos que vão desde a utilização de fontes energéticas renováveis até a reciclagem de detritos e a otimização das matérias-primas, visando sempre o bem-estar da população.
Um edifício para ser completamente verde deve nascer assim desde a escolha de sua localização, priorizando alternativas de mobilidade urbana como ciclovias em seus arredores e acesso fácil ao transporte coletivo. A integração entre o prédio, a cidade e o meio ambiente é a premissa de todo o projeto.
No entanto alguns prédios passam por readequação para serem mais sustentáveis implementando operação e manutenção predial, renovação das instalações elétricas e do ar condicionado, uso de energias renováveis e outras práticas adotadas que levam o meio ambiente em consideração e em muitos casos geram economia.
Assim, ao escolher a localização é levado em conta fatores como a posição do sol e carentes de ar, escoamento da água das chuvas, a fauna, a flora, o relevo da região e a infraestrutura local, tirando-se o máximo de proveito do terreno no que tange a sustentabilidade.
O impacto de um edifício verde.
A busca por uma gestão inteligente dos recursos combinada com uma integração sustentável ao meio ambiente leva a uma mínima impermeabilização do solo e a um dimensionamento adequado das aberturas para mais iluminação e ventilação naturais, otimizando o consumo de água e energia.
O sistema construtivo empregado é racionalizado para evitar a geração de resíduos e desperdício de materiais, economizando tempo, recursos e mão de obra. E a economia não se limita exclusivamente ao período da obra, pois, segundo um estudo da U.S. General Services Administration, quando comparado com edifícios convencionais, os green buildings apresentam queda de 13% dos custos de manutenção e 26% no consumo de energia.
Outro grande impacto é o bem-estar proporcionado à todos com ambientes melhor iluminados e ventilados, além de uma maior integração com a vizinhança. Conforto que faz com que os edifícios verdes tenham um índice de satisfação do usuário 27% maior.
Plantando conceitos sustentáveis.

Fachada do edifício da Embrapa.
A Espaço Y executou um projeto em uma área de 9.445,73 m² em Brasília priorizando os conceitos de sustentabilidade que resultam em diferenciação e eficiência. O edifício conta com uma arquitetura moderna e funcional, integrando sustentabilidade técnico científico e design para receber a unidade da Embrapa Agroenergia estruturada em 4 Laboratórios Temáticos.
A arquitetura do edifício propicia a iluminação natural por meio do pé direito alto no foyer (salão principal), com painéis de proteção térmica. Além disso, a pavimentação das vias do prédio é em concreto intertravado.
Outras características de sustentabilidade do projeto são: o estudo das correntes de ar da região, reaproveitamento das águas da chuva, reuso de águas servidas, tratamento das águas provenientes dos laboratórios, irrigação, tratamento e aproveitamento de resíduos sólidos, climatização por resfriamento evaporativo, cobertura verde, aquecimento de água através de placas solares, eficiência energética e captação de energia do sol através de placas fotovoltaicas.
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